Festival de divulgação científica ganha o país e deve atrair 50 mil pessoas

Edição de 2018 do Pint of Science será realizada em 56 cidades brasileiras

 

Cientistas de 56 cidades brasileiras se preparam para participar de um dos maiores eventos dedicados à divulgação da ciência no mundo: o Pint of Science. Nos dias 14, 15 e 16 de maio, eles vão se unir a pesquisadores de outros 20 países e deixarão as bancadas dos laboratórios para ocupar mesas de bares e conversar sobre suas pesquisas com a população. Apenas no Brasil, a expectativa é de que 50 mil pessoas de todas as regiões compareçam aos bate-papos.

 

O objetivo é criar um canal de comunicação direto entre os cientistas e a sociedade, explica Natalia Pasternak Taschner, coordenadora do festival no país: “As pessoas querem saber, têm sede de ciência, e os cientistas querem falar”. Durante o festival, os pesquisadores conversam com o público de forma descontraída, respondem perguntas e não há formalidades como inscrição ou emissão de certificados. Também não é preciso pagar entrada, apenas o que for consumido nos estabelecimentos que sediam o evento.

 

Esclarecer como a ciência funciona e mostrar a beleza existente em sua capacidade de investigar e explicar o mundo estão também entre as metas dos organizadores. “É um desafio ensinar conceitos em uma conversa no bar, mas, se conseguirmos encantar as pessoas, despertar sua curiosidade, elas buscarão o conhecimento. É esse encantamento que procuramos despertar no Pint of Science”, afirma a coordenadora.

 

Fórmula de sucesso - Realizado pela primeira vez no Brasil em 2015, quando foi trazido da Inglaterra pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o Pint of Science cresce a cada ano. Os 22 municípios da edição passada saltaram para mais de 50 e, com a entrada de cidades da região Norte, pela primeira vez o evento abrangerá todas as áreas do país.

 

“Para os municípios da região Norte, é interessante participar do Pint of Science porque podemos aumentar o intercâmbio e o fluxo de ideias, de troca de informações. Isso é fundamental para diminuir o preconceito com o trabalho de pesquisa que é realizado nessa parte do país e para ampliar a visibilidade dos nossos projetos”, afirma Adolfo Mota, professor da Universidade Federal do Amazonas que coordena o festival na região.

 

Além da coordenação nacional e regional, em cada um dos 56 municípios que participarão do festival há um coordenador local responsável pelo evento. A relação das cidades participantes já está disponível no site pintofscience.com.br e a programação em cada localidade poderá ser conferida a partir da segunda quinzena de abril.

 

Confira mais imagens do evento no Flickr: icmc.usp.br/e/1bf73

 

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